O Rio Branco Esporte Clube, surgiu em 15/05/1952, após um período de recesso das atividades esportivas vividas pelo Rio Branco Futebol Clube, tradicional clube esportivo do Bairro do Ribeirão.

Não existem dados concretos sobre a data de sua fundação, o que ocorreu na década de 1920/30. O Museu de Amparo, porém, tem um livro de Ata do Clube, em que foi lavrada uma, por ocasião de reorganização da sociedade. Tal se deu a 2 de junho de 1930, às 20:00hs, tendo por local a Garage Avenida. Esta oficina mecânica situava-se à Avenida Bernardino de Campos, antigo nº 55, com telefone 135 e era de propriedade de Irmãos Russo, Faria & Cia. Hoje, no mesmo local, temos as oficinas da CASP (Companhia Avícola de São Paulo), ao lado do Posto Andretta. A 28 de maio de 1931, assumia a presidência do clube o Sr. Dionísio Jorge, 11 de julho de 1933, o Sr. Olival Russo; a 9 de março de 1934, o Sr. Hildebrando Moyses, reeleito em 19 de março de 1935. A 3 de novembro de 1938, a presidência foi para o Sr. Miguel Antonelli; a 31 de julho de 1939, assumiu a presidência o Sr. Luiz de Mattos. Em 1943 o clube encerrava suas atividades. A argila que retiravam do campo, ia para a Cerâmica Leal, em frente a antiga "4 Nações", hoje Bar Café Pastelaria Copa de Ouro.


O campo do Rio Branco Futebol Clube foi desativado para a construção da Fanamatex, hoje abrigando a Prefeitura Municipal de Amparo.

O Bairro do Ribeirão não podia ficar sem campo. O futebol, a grande paixão e distração de seus moradores, tinha de ter um palco!


Aterro do campo

Em 1952, o Rio Branco Esporte Clube reunia forças para a construção de seu segundo campo, na Avenida Saudade. Inicia-se assim a sua segunda fase.

E a primeira grande vitória do Rio Branco Esportes Clube, nesta sua segunda fase, foi sem dúvida, a "construção" do seu campo, à força de braços e boa vontade, nas tardes de sábado e o dia todo, aos domingos. Sob o camando firme do Gabriel, os Rapanelli, Ferreira, Tescarolli, Beira, Alcyr e tantos outros, realizaram a grande proeza.


Construção do muro na marginal

Vale a pena referir aqui a primeira diretoria do clube, na sua nova fase, em 1952.
Diretoria Provisória: Pres. Guerino Brunelli; Vice João Higino Tescarolli; 1º sec. Antenor de Oliveira; 2º sec. Adib Feres Sad; Conselho Deliberativo: João Casalini, Gabriel Paron, Pedro Rodrigues, João Baroni, Eugenio W. Segatto, Lázaro José Domingues e José Emílio Baroni.
Diretoria Definitiva (4/8/52) Pres: João H. Tescarolli; Vice Jamil Rodrigues, 1
º sec. Adib F. Sad, 2º sec. José Emílio Baroni, 1º tes. Alcyr de Mattos, 2º tes. Antenor de Oliveira.
Primeiro Treinador: Hildebrando Mazini.
Até a 8ª reunião ordinária (ata de 11 de agosto de 1952) o Rio Branco era Futebol Clube. Na 9ª reunião (15 de agosto de 1952) o nome do clube passou a ser RIO BRANCO ESPORTE CLUBE.

 

Primeira Equipe do Rio Branco E. C. 1952

em pé: Batista, Nivaldo, Dionísio, Clarel, Áureo e Socorro
agachados: Chico Gomes, Liminha, Mechi, Mosca e João Padovani

"O primeiro gol marcado oficialmente no novo campo, foi feito pelo Socorro, Rubens Sales, lateral esquerdo possuidor de forte chute." (trecho extraído do livro "Coisas do futebol" de autoria do Professor Juarez Monteiro).

RIO BRANCO adquiri seu estádio

Desde 15 de maio de 1952, o Rio Branco Esporte Clube, vinha tentando de todas as maneiras legais possíveis, adquirir a área onde se localiza seu estádio e outras benfeitorias construídas com o sacrifício de alguns, objetivo esse que sempre encontrava sérias dificuldades, não só financeiras como também pelo desinteresse dos proprietários em desfazer-se da propriedade. Assim sem jamais ter se descuidado do assunto, permaneceu como locatário do imóvel, embora e é forçoso se reconheça de público,seu proprietário Sr. Arlindo Jacques Borges, sempre abrir mão da importância do aluguel, doando-o ao clube mensalmente.

Com a ascenção do Prefeito Carlos Piffer à municipalidade amparense, homem profundamente identificado com as atividades de cunho popular, vislumbrou-se de imediato a possibilidade de se tornar realidade as antigas aspirações do clube. Assim tiveram início uma série de gestões e inúmeras audiências com o Sr. prefeito, chegando-se as partes a decidirem pela viabilidade de permutarem área de terrenos correspondentes, o que levou o Rio Branco Esporte Clube a adquirir o imóvel da rua Saldanha Marinho, como 12.500 m2 aproximadamente, quando era presidente do clube o Sr. Rubens Silveira Campos. De posse desse imóvel, novos contatos foram realizados entre a diretoria do Rio Branco Esporte Clube e o Sr. prefeito, que demonstrando o máximo de boa vontade em colaborar com o clube, encaminhou a Câmara Municipal de Amparo, o projeto de permuta das respectivas áreas.

Na Edilidade também, onde militavam homens devotos as causas do povo e pelo progresso de Amparo, o referido projeto teve acolhida unânime e, em apenas alguns dias foi transformado em lei (proj lei nº 37/76 aprov. Sessão de 1/11/76 e promulgado na lei nº 902 de 4/11/1976).

Concluída a transação, a diretoria do Rio Branco Esporte Clube procedeu a compra das áreas adjacentes (fundos dos quintais da Rua Comendador Guimarães), possibilitando o restabelecimento das dimensões normais da praça de esporte, prejudicada (ou favorecida) com a ocupação da faixa anexa à marginal esquerda do Rio Camanducaia.

"Em 18/07/1977, após um quarto de século de expectativas e lutas incessantes, concretizou-se uma aspiração que foi meta principal de toda a comunidade vermelhinha, lavrando-se no Cartório do 2º Ofício, a competente escritura de permuta das áreas, assinada pelo Sr. Prefito Carlos Piffer e pelo Presidente do Rio Branco Esporte Clube Sr. Valdir José Ferreira, incorporando-se definitivamente ao seu patrimônio o "Estádio Arlindo Jacques Borges"." (trecho extraído da "Folha de Amparo" de 28/07/1977)
 

Conhece mais fatos contados pelo Sr. João Igino Tescarolli, 1º Presidente do Rio Branco EC (saiba +)